O projeto Escolas Transformadoras iniciou o ano de 2025 com quatro sessões de Formação de Agentes Educativos, em formato presencial, na ESE de Bragança (10 de janeiro), no IP Beja (14 de janeiro), na ESE de Viana do Castelo (21 de janeiro) e na ESE de Santarém (06 de janeiro). No total das quatro sessões, participaram 48 pessoas, entre as quais docentes, não docentes, estudantes e técnicas/os de organizações da sociedade civil.
Estas sessões de formação, focadas na temática da colaboração, tiveram como objetivos o aprofundamento do conceito de Educação para o Desenvolvimento e Cidadania Global (EDCG) enquanto conteúdo político-pedagógico e, simultaneamente, a realização de um ponto de situação da ação dos Núcleos, através da articulação com o planeamento e a implementação dos planos de ação nos territórios.
Cada um dos Núcleos foi desafiado a dinamizar um breve momento de quebra-gelo e interconhecimento, ao qual se seguiu a leitura de um excerto do texto Apostando por Processos Metodológicos Transformadores, de Julián Márquez Morin e Alberto Gastón Dapena, intitulado “Metodología ‘desde abajo’ para transformar la sociedad”, onde se partilham possíveis caminhos para uma educação superior cada vez mais crítica e transformadora, ao serviço da sua comunidade e em conformidade com os princípios propostos pela EDCG. À leitura do excerto do artigo, seguiram-se breves partilhas de ideias e impressões, a partir de duas perguntas orientadoras: 1) Como potenciar uma colaboração estrutural, contínua e crítica com pessoas e entidades, dentro e fora das ESE/IP? 2) Como podemos diferenciar aquilo que já fazemos de uma extensão crítica?
O trabalho que incidiu sobre a construção e/ou aprofundamento dos planos de ação, também se baseou em algumas questões orientadoras a fim de tornar a ação cada vez mais transformadora e coerente com os princípios éticos, políticos, pedagógicos e colaborativos da EDCG. Assim, cada Núcleo olhou para o seu plano de ação tendo em conta a seguinte interpelação: “como é que a nossa atividade/Plano de Ação:” 1) Promove a participação e conscientiza a intencionalidade política para mudar as situações estruturais geradoras de desequilíbrios e injustiças? 2) Questiona as relações de poder e os paradigmas e modelos existentes? 3) Promove processos horizontais e o trabalho colaborativo e interdisciplinar? 4) Fomenta o intercâmbio de ideias, experiências e a construção coletiva com pessoas e instituições do território?
A partilha de propostas em grande grupo e as discussões de ideias foram contribuindo para a melhoria de cada plano proposto.