Abril, para além dos cravos, foi o nome escolhido por Aurora para o momento de conversa que viria a partilhar connosco, no IPBeja, dia 13 de maio, no âmbito da rúbrica Cidadania, palavras e café.
Militante antifascista, foi presa e torturada, mas nunca se rendeu. Aurora escreveu, mais tarde, o livro Gente Comum – uma história na PIDE. Magistrada do Ministério Público jubilada, contou a sua história, no Museu Botânico, onde a recebemos.
Defensora de que a história não pode ter hiatos para que seja mais tarde entendida, faz das suas palavras a ferramenta que evita que pedaços de história fiquem por contar. A sua serenidade deixa-nos perplexos(as) e o modo pacifico com que fala da ação atroz, cruel e desumana a que foi sujeita é emocionante. Aurora deixa no ar a pergunta: “Porque é que estes sub-humanos não responderam nunca pelas torturas que fizeram?”